Declarações de Mateus Bandeira a ZH provocaram a ira de líderes sindicais, que classificam atitude dele como intransigente
Uma entrevista do secretário do Planejamento e Gestão, Mateus Bandeira, publicada por Zero Hora na edição conjunta de Natal, irritou representantes do magistério e da Brigada Militar. Idealizador dos pacotes derrubados pela Assembleia na semana que passou, Bandeira classificou de “reacionária” e “patológica” a postura das entidades de classe, que se mobilizaram contra as propostas.
Sindicalistas lançaram notas em repúdio às declarações do secretário. Na entrevista, Bandeira sugeriu que os líderes fossem destituídos pelos servidores, porque “não representam o interesse legítimo das categorias”.
– É uma lamúria grosseira de quem foi derrotado. Lamento que um representante do governo se mostre tão destemperado ao se referir aos trabalhadores – diz a presidente do Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira.
Segundo ela, Bandeira jamais poderia ter afirmado que se sente indisposto para voltar a negociar reajustes. Rejane afirma que as declarações “confirmam a forma como o Piratini conduz as tratativas desde o início deste mandato”:
– O secretário verbalizou a tradicional postura do governo, baseada na intransigência e na aversão ao diálogo com as categorias.
Conforme Rejane, o Cpers continuará lutando pelo piso nacional do magistério, de R$ 1,1 mil no salário básico – sobre o qual são calculadas as bonificações. Já a vice-presidente do Cpers, Neida Oliveira, divulgou nota condenando Bandeira. Para a sindicalista, o secretário utiliza um “método fascista de repetir insistentemente uma mentira”. Isso porque, na opinião de Neida, o Piratini tentou iludir a sociedade com “propostas ruins e prejudiciais aos servidores”. “O mundo está cheio destes oportunistas políticos travestidos de tecnocratas”, escreveu a líder do magistério.
O presidente da Associação de Sargentos, Subtenentes e Tenentes da BM, Aparicio Santellano, classifica Bandeira como “o inimigo número 1 da Brigada Militar”. Segundo Santellano, o secretário enfraquece a motivação dos servidores ao fechar as portas para novas negociações:
– Está na cara que o doente é ele. Quando se trata de carreiras, é preciso negociar à exaustão. Isso não ocorreu.
Secretário reafirma críticas a sindicalistas
Santellano diz que o secretário distorceu números ao apresentar os pacotes. Na entrevista, Bandeira disse que 19 mil brigadianos deixaram de receber aumentos. De acordo com o tenente, cerca de 6 mil receberiam, pois a maioria já havia ganho na Justiça o reajuste referente à Lei Britto:
– Ninguém aceitou que nós, tenentes e sargentos, ficássemos de fora do pacote. Ofereceram reajuste para os oficiais superiores e soldados. Para nós, nada. Por que o secretário se recusa a respeitar a nossa opinião?
O presidente da Associação dos Servidores de Nível Médio da BM, Leonel Lucas, classifica Bandeira como “uma das pessoas mais inteligentes do governo”, mas faz um contraponto:
– Não sabe dialogar. Como se acha o melhor de todos, ninguém pode contestá-lo. Não há condições de uma pessoa assim representar o Estado.
Lucas também refuta a acusação do secretário de que sua associação participa de um movimento político contra Yeda. Ele afirma também ter acampado diante do Piratini, em busca de reajustes, nos governos Olívio Dutra (1999-2002) e Germano Rigotto (2003-2006).
Ontem, o secretário afirmou ter tachado de patológica a postura das associações por expressarem “uma relação doentia de oposição sistemática a tudo que o governo propõe”. Sobre o termo reacionário, ressaltou que não é uma ofensa:
– Reacionário é quem resiste a mudanças. E o Cpers se posicionou até contra a mudança da carreira dos técnicos em planejamento (que receberão bonificações por desempenho), que não tem nada a ver com eles.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2759909.xml&template=3898.dwt&edition=13791§ion=1007
Uma entrevista do secretário do Planejamento e Gestão, Mateus Bandeira, publicada por Zero Hora na edição conjunta de Natal, irritou representantes do magistério e da Brigada Militar. Idealizador dos pacotes derrubados pela Assembleia na semana que passou, Bandeira classificou de “reacionária” e “patológica” a postura das entidades de classe, que se mobilizaram contra as propostas.
Sindicalistas lançaram notas em repúdio às declarações do secretário. Na entrevista, Bandeira sugeriu que os líderes fossem destituídos pelos servidores, porque “não representam o interesse legítimo das categorias”.
– É uma lamúria grosseira de quem foi derrotado. Lamento que um representante do governo se mostre tão destemperado ao se referir aos trabalhadores – diz a presidente do Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira.
Segundo ela, Bandeira jamais poderia ter afirmado que se sente indisposto para voltar a negociar reajustes. Rejane afirma que as declarações “confirmam a forma como o Piratini conduz as tratativas desde o início deste mandato”:
– O secretário verbalizou a tradicional postura do governo, baseada na intransigência e na aversão ao diálogo com as categorias.
Conforme Rejane, o Cpers continuará lutando pelo piso nacional do magistério, de R$ 1,1 mil no salário básico – sobre o qual são calculadas as bonificações. Já a vice-presidente do Cpers, Neida Oliveira, divulgou nota condenando Bandeira. Para a sindicalista, o secretário utiliza um “método fascista de repetir insistentemente uma mentira”. Isso porque, na opinião de Neida, o Piratini tentou iludir a sociedade com “propostas ruins e prejudiciais aos servidores”. “O mundo está cheio destes oportunistas políticos travestidos de tecnocratas”, escreveu a líder do magistério.
O presidente da Associação de Sargentos, Subtenentes e Tenentes da BM, Aparicio Santellano, classifica Bandeira como “o inimigo número 1 da Brigada Militar”. Segundo Santellano, o secretário enfraquece a motivação dos servidores ao fechar as portas para novas negociações:
– Está na cara que o doente é ele. Quando se trata de carreiras, é preciso negociar à exaustão. Isso não ocorreu.
Secretário reafirma críticas a sindicalistas
Santellano diz que o secretário distorceu números ao apresentar os pacotes. Na entrevista, Bandeira disse que 19 mil brigadianos deixaram de receber aumentos. De acordo com o tenente, cerca de 6 mil receberiam, pois a maioria já havia ganho na Justiça o reajuste referente à Lei Britto:
– Ninguém aceitou que nós, tenentes e sargentos, ficássemos de fora do pacote. Ofereceram reajuste para os oficiais superiores e soldados. Para nós, nada. Por que o secretário se recusa a respeitar a nossa opinião?
O presidente da Associação dos Servidores de Nível Médio da BM, Leonel Lucas, classifica Bandeira como “uma das pessoas mais inteligentes do governo”, mas faz um contraponto:
– Não sabe dialogar. Como se acha o melhor de todos, ninguém pode contestá-lo. Não há condições de uma pessoa assim representar o Estado.
Lucas também refuta a acusação do secretário de que sua associação participa de um movimento político contra Yeda. Ele afirma também ter acampado diante do Piratini, em busca de reajustes, nos governos Olívio Dutra (1999-2002) e Germano Rigotto (2003-2006).
Ontem, o secretário afirmou ter tachado de patológica a postura das associações por expressarem “uma relação doentia de oposição sistemática a tudo que o governo propõe”. Sobre o termo reacionário, ressaltou que não é uma ofensa:
– Reacionário é quem resiste a mudanças. E o Cpers se posicionou até contra a mudança da carreira dos técnicos em planejamento (que receberão bonificações por desempenho), que não tem nada a ver com eles.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2759909.xml&template=3898.dwt&edition=13791§ion=1007
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