No dia 5 de novembro a governadora Yeda Crusius anunciou, pela imprensa, que irá encaminhar projetos à Assembléia Legislativa com propostas de modificações nas carreiras e na forma de remuneração dos servidores públicos.
Os projetos não foram apresentados ao CPERS/Sindicato, num claro desrespeito à nossa entidade. Mas as informações divulgadas nos meios de comunicação através de manifestações da governadora e de secretários de estado indicam que:
1 - O governo pretende instituir o valor de R$ 1.500,00 como remuneração mínima e não como básico do nosso Plano de Carreira;
2 - Yeda também deseja estabelecer a remuneração por mérito, através de mecanismos de avaliação e cumprimento de metas de gestão, como se a escola fosse uma empresa;
3 - O governo condicionará futuros reajustes ao superávit na arrecadação do estado;
4 - A proposta também deixa clara a intenção do governo de simplesmente excluir os aposentados de qualquer possibilidade de reajustar seus vencimentos.
Ao contrário do anunciado, os projetos do governo não concedem qualquer reajuste salarial e têm como única finalidade mascarar o desmonte das carreiras da categoria.
O governo mais uma vez tenta enganar os trabalhadores em educação e a sociedade. Pretende acabar com as carreiras dos educadores criando para isso um abono salarial, pois não reajusta o vencimento básico das classes e dos níveis.
Ao propor a remuneração através da meritocracia, ignora a falta de estrutura e de investimentos na educação, o sucateamento das escolas e as enormes desigualdades, sociais e econômicas existentes entre as diferentes regiões e mesmo entre municípios. Com este mecanismo, apenas alguns poderiam receber o dito “14º salário”, sem contar que os aposentados estariam fora.
O CPERS/Sindicato repudia qualquer iniciativa que invista contra os planos de carreira e também que exclua os aposentados, bem como propostas que discriminem algum trabalhador em educação.
Portanto, o CPERS/Sindicato denuncia a propaganda enganosa do governo ao anunciar que esta criando uma nova e vantajosa matriz salarial para o magistério e também o método golpista de tratar a categoria, pois anuncia medidas que trarão duras conse-qüências para todos, poucos dias antes da audiência marcada com a direção da entidade.

Por estas razões, convocamos todos para, uma vez mais, se mobilizar na defesa dos nossos direitos, exigindo a implantação imediata do Piso Salarial Nacional como básico do nosso Plano de Carreira, rejeitando a proposta do governo e exigindo reajustes que recomponham as perdas salariais para todos os trabalhadores em educação do Rio Grande do Sul, pois os professores e os funcionários de escola vivem o mais brutal arrocho dos últimos anos.
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