Hoje, no Brasil, somos 2.803.761 professores, em todos os níveis de ensino. Destes, 77% somos nós, da educação básica. Somos nós que recebemos seus filhos com um sorriso em escolas sem condições, com turmas lotadas, sem livros, computadores. Enfrentamos a violência, o narcotráfico, corremos de uma escola para outra, não temos condições de comprar livros, fazer um curso de pós-graduação; temos pouco tempo e dinheiro para frequentar um cinema ou teatro. Em nosso Estado somos pouco mais de 50 mil em sala de aula e, apesar de todo o descaso dos governos, somos responsáveis por uma educação de destaque no país e por manter o Rio Grande como um dos Estados que mais lê.
Não é fácil. O ataque à educação não tem cor nem partido. O Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo, mas é um dos que menos investem em educação. O governo Lula destina apenas 4% do PIB ao setor. No pujante Rio Grande, Yeda não investe mais do que 26% da receita líquida. Além disso, Yeda ataca os educadores ao tentar tirar o nosso plano de carreira e criar fundos de pensão, para agradar ao Banco Mundial. Lá em Novo Hamburgo, o prefeito Tarcísio também quer extinguir os planos de carreira dos professores e servidores municipais. Enquanto nossos vizinhos Equador, Venezuela e Bolívia são declarados pela Unesco como território livre de analfabetismo, o Brasil convive com 14 milhões de analfabetos. Isto tem que mudar!
A média salarial no Brasil é de R$ 927, mas 50% dos docentes recebem abaixo de R$ 720 – dados da Pnad 2006. No RS o salário básico para uma jornada de 20 horas semanais é hoje de R$ 319,94. E no topo da carreira nível 6 com pós-graduação/ mestrado, aos 25/30 anos de profissão, ninguém passa de R$ 2.880,00. É o que custam os professores deste Rio Grande!
Ao mesmo tempo em que digo obrigada por suas generosas palavras, Moacyr Scliar (ZH 13/10), continuo insistindo em que é urgente uma revolução na educação. Começando por investir 10% do PIB. Por pagar no mínimo o piso salarial nacional para todos os professores do Brasil. Por 20 alunos no máximo por sala de aula. Por uma política de formação permanente para os professores e funcionários e pela imediata abertura de concursos públicos para atender toda a demanda desde a educação infantil ao Ensino Superior público.
Por fim, se é verdade que os professores estão sofridos, muitos doentes, carentes, também é verdade que basta visitar as escolas para testemunhar que, milagrosamente, há muita coisa boa sendo feita ali. E principalmente, porque a vida e a tarefa de educar nos fazem sensíveis e comprometidos com os outros seres humanos, há esperança no coração desses lutadores! Assim, que é possível pedir para nossa sociedade: “Batam palmas pra eles, batam palmas pra eles, que eles merecem!” – música de Leci Brandão.
*Vice-presidente do Cpers/Sindicato
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2685138.xml&template=3898.dwt&edition=13320§ion=1012
Não é fácil. O ataque à educação não tem cor nem partido. O Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo, mas é um dos que menos investem em educação. O governo Lula destina apenas 4% do PIB ao setor. No pujante Rio Grande, Yeda não investe mais do que 26% da receita líquida. Além disso, Yeda ataca os educadores ao tentar tirar o nosso plano de carreira e criar fundos de pensão, para agradar ao Banco Mundial. Lá em Novo Hamburgo, o prefeito Tarcísio também quer extinguir os planos de carreira dos professores e servidores municipais. Enquanto nossos vizinhos Equador, Venezuela e Bolívia são declarados pela Unesco como território livre de analfabetismo, o Brasil convive com 14 milhões de analfabetos. Isto tem que mudar!
A média salarial no Brasil é de R$ 927, mas 50% dos docentes recebem abaixo de R$ 720 – dados da Pnad 2006. No RS o salário básico para uma jornada de 20 horas semanais é hoje de R$ 319,94. E no topo da carreira nível 6 com pós-graduação/ mestrado, aos 25/30 anos de profissão, ninguém passa de R$ 2.880,00. É o que custam os professores deste Rio Grande!
Ao mesmo tempo em que digo obrigada por suas generosas palavras, Moacyr Scliar (ZH 13/10), continuo insistindo em que é urgente uma revolução na educação. Começando por investir 10% do PIB. Por pagar no mínimo o piso salarial nacional para todos os professores do Brasil. Por 20 alunos no máximo por sala de aula. Por uma política de formação permanente para os professores e funcionários e pela imediata abertura de concursos públicos para atender toda a demanda desde a educação infantil ao Ensino Superior público.
Por fim, se é verdade que os professores estão sofridos, muitos doentes, carentes, também é verdade que basta visitar as escolas para testemunhar que, milagrosamente, há muita coisa boa sendo feita ali. E principalmente, porque a vida e a tarefa de educar nos fazem sensíveis e comprometidos com os outros seres humanos, há esperança no coração desses lutadores! Assim, que é possível pedir para nossa sociedade: “Batam palmas pra eles, batam palmas pra eles, que eles merecem!” – música de Leci Brandão.
*Vice-presidente do Cpers/Sindicato
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2685138.xml&template=3898.dwt&edition=13320§ion=1012
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