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Parabéns Educadores e Demais Cidadãos Gaúchos!!! Yeda (Nota Zero, Déficit Zero e Aumento Salarial Zero) Já Foi Demitida, MAS, deixou seus representantes no Governo e na Assembleia Legislativa!

domingo, 11 de outubro de 2009

DA PÁGINA 10 DE ZH

Na tumultuada sessão em que foi aprovado o arquivamento do pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius, o deputado Raul Pont (PT) passou da conta e cometeu uma grosseria. Para tentar impedir a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) de ler seu relatório, Pont deu um tapa no microfone e os papéis que a relatora tinha nas mãos acabaram caindo.

O presidente da comissão, Pedro Westphalen (PP), que se recusou a atender o pedido dos oposicionistas para suspender a sessão, teve a impressão de que o tapa acertaria a colega. Assessores da tucana se apressaram em tentar protegê-la.

Depois do susto, Zilá até brincou:

— Olha a Lei Maria da Penha.

Resposta do Deputado Raul Pont
"Rosane, saúde!

Quero registrar meu protesto pela versão dada na tua coluna da minha “grosseria” em relação à deputada Zilá, na votação do relatório do impedimento.

Não falei, não toquei, nem fiz qualquer ameaça à deputada, nem “dei tapa” em microfone.

As vítimas da violência e do desrespeito ao Regimento fomos nós, deputados de cinco partidos, que nos retiramos em protesto ao autoritarismo que conduziu os trabalhos e não em boicote, como na versão de ZH.

Violência é a Comissão não ter reunido NENHUMA vez para discutir, ouvir e elaborar o relatório.

Violência é a relatora não ter ouvido nem procurado nenhum deputado com opinião ou propostas para o relatório.

Violência é a Comissão ter se recusado a ouvir o MPF e os signatários do pedido.

Violência é o presidente da Comissão ter desrespeitado o Regimento não convocando a reunião subscrita por dez deputados (um terço) para que tivéssemos oportunidade de participar e realizar diligências.

Violência é a maioria da Comissão ter se recusado a ouvir e ver os áudios e vídeos sob sigilo, mas disponíveis aos deputados para formarem opinião. Comprometem, assim, mais do que já é público, a governadora.

Violência é o presidente da Comissão ter lido o parecer do Procurador-Geral da Assembléia Legislativa e ter encaminhado no sentido oposto, garantindo o voto de um deputado sem representação na Comissão – pois já mudara de partido – mas DECISIVO para aprovar a farsa. Sem ele não haveria quorum – maioria absoluta – para aprovar a matéria.

Sobre nenhum destes fatos o jornal se posiciona. É neutro. No entanto, em algo absolutamente irrelevante sobram adjetivos e valorizações. Nenhum repórter me pediu para falar sobre isso, por sua irrelevância.

Às 22 horas, um repórter da RBS foi ao meu apartamento para gravar a posição do Partido sobre a votação e a retirada da bancada do Plenário. Não me pediu nenhuma opinião ou versão sobre o ocorrido.

Você tem meus telefones, mas preferiu ficar com a versão do Westphalen, da Zilá ou de algum assessor de imprensa.

Fica o registro.

Raul Pont"

 Resposta do Deputado Elvino Bohn Gass
"Rosane,

Como hoje é o dia das cartas, rogo que também dividas com o teu público leitor meu posicionamento sobre a manifestação que a governadora Yeda te envia.

O faço porque, mesmo que de forma subjacente, fui citado na carta da governadora. Eu e meus colegas deputados petistas. Sim, afinal, tenho a honra de liderar a bancada de parlamentares estaduais do PT, contra a qual a senhora Yeda Crusius lança mais um de seus costumeiros insultos, acusando-nos de querer derrubá-la com um golpe. Assim, torna-se imperioso que a bancada petista recoloque as coisas nos seus devidos lugares.

Yeda Crusius acusa-nos de golpe porque a Polícia Federal desbaratou uma quadrilha que se aninhava em seu governo e que roubou R$ 44 milhões do Detran?

Ou será porque o seu Chefe da Casa Civil (Cezar Busatto) confessou ao vice-governador do Estado que a administração que nasceu prometendo um jeito novo, na verdade, se sustenta politicamente a partir da compra de apoio pelo loteamento dos espaços de poder?

Serão golpistas os parlamentares que, cumprindo a determinação constitucional de fiscalizar, descobrem que o Estado foi apropriado por grupo que alega insuficiência de verbas para a educação e a saúde ao mesmo tempo em que surrupia os cofres do Estado operando, sustentando e se locupletando por meio de fraudes?

Seriam golpistas os procuradores federais que, após meses de minuciosa investigação, desvendaram as entranhas de um esquema criminoso e apontaram como responsáveis a própria governadora, seu marido e seus principais assessores?

Golpistas também seriam os membros da Justiça Federal que denunciaram mais de 40 pessoas que privavam de relações íntimas com a governadora?

Não, gaúchos e gaúchas. Não há golpe algum em andamento.

O que há é o despertar de uma sociedade inteira para a desfaçatez completa de um governo. O que há é a insatisfação manifestada pelos que não pactuam com a apropriação do Estado para benefício pessoal dos governantes e de seus comparsas. O que há, são gritos de inconformidade de um povo que tem história de luta e jamais aceitou a opressão, muito menos que lhe surrupiassem as riquezas.

Por fim, Rosane, a bancada do PT vem tentando cumprir com responsabilidade o seu papel de oposição. Por isso, denunciou a compra de pufs para a mansão da governadora com dinheiro público. Não pelo valor monetário do utensílio, mas pelo valor simbólico que carrega. E, bem diferente do que tentou fazer crer a governadora Yeda, não chegamos a estes documentos pelo manuseio das ferramentas da transparência tão penosamente ofertadas pelo governo, mas a fórceps, exigindo documentos públicos pela condição de fé pública de que dispõem os deputados. Foi preciso pedir, formalizar o pedido, esperar e, por fim, diante na não-resposta (e, portanto, da falta de transparência) ir até o Chefe da Csa Civil e dizer sem meias palavras: - Não sairemos daqui enquanto as notas fiscais e os processos de compras dos móveis da mansão da governadora não nos forem franqueados.

Ora, se há nisso tudo algum sinal de golpe, ele está do lado de lá, da parte dos que tentaram, sob todas as formas, sonegar esta informação do povo gaúcho.

Então, caríssima colunista, repudiamos a manifestação mais uma vez inadequada da governadora Yeda Crusius quando nos acusa de golpe. E que não se confunda um processo de impeachment, ou uma Comissão Parlamentar de Inquérito assinada por 39 deputados, com manobra. Se perturbam tanto a governadora a ponto de desorientá-la, certamente, é porque carregam a possibilidade de desvendar ainda outros, mais graves e inconfessáveis segredos. Seguiremos trabalhando.

Elvino Bohn Gass

Líder da bancada do PT"

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